quinta-feira, 19 de março de 2009

Tempo.

Sinto falta de sentir o ar entrar nos meus pulmões. Sinto falta de voltar para casa vendo as árvores com o sol ainda batendo nas folhas. Sinto falta de aproveitar a tarde em casa. Sinto falta de sentar no sofá e olhar a janela, olhar os pássaros brincando em frente a minha casa. Sinto falta de rolar na cama, de brincar de boneca, de jogar video-game com o meu primo. Sinto falta de sentar no chão do quarto, encostar no armário e ler um livro. Sinto falta de procurar o que fazer no computador. Sinto falta de ouvir músicas novas. Sinto falta de cantar coisas bobas, de tirar fotos desnecessárias, de falar comigo mesma em frente ao espelho. Sinto falta de tomar banho de mangueira, de sair correndo pela rua, de andar de bicicleta. Sinto falta de encontrar meus antigos amigos, pegar os ônibus que eu pegava, de estudar nas turmas que eu estudava. Sinto falta dos meus professores antigos, que me ensinaram tudo o que eu sei em relação a colégio. Sinto falta de comprar tinta e pintar coisas aleatórias numa folha A4. Sinto falta de olhar lojas no shopping, sem se preocupar com nada. Sinto falta de não ter o que fazer. Sinto falta de um beijo apaixonado. Sinto falta de um abraço amigo.
Estudos, o mostro que me proibiu de fazer isso tudo.
Tempo. Tempo é tudo, mas ao mesmo tempo não é nada.
Quando é tudo, é o que mais preciso.
Quando não é nada, está do jeito que deve ser.

Um beijo da sua ocupada escritora,
Tinaah.