terça-feira, 3 de agosto de 2010

O "pobrema" é inconsciente

~Da série textos antigos da tinah... esse tá sem data :/ Qualquer falta de sentido, culpem a Tinah de 2008,ok? XD~

É incrível como o "preconceito" passa despercebido. Pense numa situação mais ou menos assim: chega um amigo e fala algo muito errado. Muita gente ia falar algo do tipo "nem pessoa do morro fala isso". Mas o que não se percebe é que nem todas as pessoas que habitam moros e favelas são necessariamente burras e falam errado. O mesmo caso com estudantes de escolas públicas. Algumas instituições de ensino, inclusive técnico, como Cefet, IFRJ, CapUFRj, são públicas, e a quantidade de pessoas que querem fazê-las é tão grande que já concursos de admissão para elas.
Então por que muitas pessoas falam isso? Como a maioria das escolas ensinam, as pessoas do campo, que não tinham na maior parte das vezes instrução, eram analfaveas e mal-informadas, vieram para a cidade em busca de melhores condições de vida, além de empregos melhores. Com a superlotação das cidades, esses camponeses migravam para os morros, formando assim, as favelas. Até hoje, como diria uma velha música, "o de cima sobe e o de baixo, desce", as pessoas que moram em lugares precários tem chances de serem "neo-camponeses", ou seja, terem essa precariedade de de informação e cultura. Para o subconsciente, só essa influência basta para se associar todos os moradores a pessoas ditas "burras". Mas muitas crianças e adolescentes conseguem estudar e se formar, saindo assim desses lugares. Pense você: algum anigo seu mora em favelas? Algum é estudante de escola pública? É quase impossível responder negativamente às duas questões.
Ainda assim, as pessoas continuam insistindo nisso. Mas aí já vai de pessoa à pessoa. Poderá isso ser preconceito? De algum jeito sim, mas é ma atitude -na maior parte das vezes- tão inconsciente quanto reconhecer uma pessoa pelo perfume ou pela voz. E, em relação aos problemas das favelas, é tudo culpa dos nobres mesmo. Ao menos foi o que os professores de história ensinaram.

Beijão,
Tinah