quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As Brumas de Avalon

Poisé, sem posts desde janeiro... Enfim, ainda estamos em 2011, pelo menos 1 post por semestre né... Começou com um por dia, daqui a pouco será um por ano... Ou menos até. Enfim, precisava escrever, e recorri a vocês, leitores. Não creio ter mais nenhum, mas na verdade, eu só preciso colocar pra fora. Obrigada a quem ler. E sim, eu ignoro a nova regra ortográfica, podem me processar, mandar carta pro Aurélio, pra quem for.
--x--

Quando minha mãe me disse que queria que eu lesse As Brumas de Avalon, porque me mostraria muitas coisas do mundo que eu desconhecia, não pensei que fossem tantas. Porém, assim como observa-se uma certa tristeza vinda de Viviane e Morgana, também me sinto assim. Percebo que muitas vezes engoli sentimentos que não deveriam ter sido engolidos. Percebo que talvez eu devesse ter me acostumado com as coisas correrem como elas devem correr, e não como eu gostaria que corressem. Confirmo a idéia de que não devo imaginar como o dia seguinte será. Talvez fosse mais fácil ter a Visão, juntar ervas, meditação e energia de meu corpo para ver o que acontecerá. Talvez assim eu não me decepcionaria tanto.
Sempre tive essa mania de querer sonhar com o dia que viria. Quando era um dia que dependia somente de mim, as coisas corriam parecidas com o que imaginava. Mas quando incluía outra pessoa, saía totalmente diferente. Sair diferente não é exatamente o problema. O problema é que tem vezes que sai melhor, mas também tem vezes que sai pior. E é nesses casos que desabo.
Talvez fosse mais fácil ter poderes de sacerdotisa, para fazer com que tudo faça seu sentido.
Queria poder confiar tudo a Deusa, e deixar que as coisas aconteçam como ela deseja. Não que eu não faça isso do meu modo, mas creio que também tenho minha parte de escolha.
Queria também não me sentir sozinha quando estou longe de meu Rei. Queria que existisse uma forma que eu não ficasse dependente de chocolate com licor de cereja para não chorar. Queria poder estar com ele todo tempo. Mas ele tem o reino dele, e tem suas responsabilidades que nem sempre incluem a sua Rainha.
Eu tento não esconder, mas também não aparentar totalmente como estou. Não quero deixá-lo na parede como deixei outros. Não quero magoá-lo dessa forma. Estou agindo de uma forma totalmente diferente dessa vez. Não estou impondo minhas vontades sobre ele, e sim fazendo uma média entre as nossas. Talvez isso fosse o certo desde o início, mas creio que só agora percebi isso. Acho que esse é o primeiro Rei que eu realmente amo. Se não fosse isso, não estaria como estou agora. Entendo que tenha muita coisa acontecendo comigo, e que devo estar mais carente do que realmente sou, mais sensível do que realmente sou. Sempre me mostrei forte, e continuo assim. Mas não consigo ser essa pessoa na frente dele. Não consigo ficar sorrindo quando não estou feliz.
Não é questão de confiança não contar pra ele o que está errado. Eu confio nele mais que tudo. Mas creio que certas coisas ele deva descobrir sozinho. Não escreverei aqui o que pensei em escrever hoje, acho muito arriscado fixar idéias que eu tive quando não estava bem. Hoje eu não estava sorrindo. E não foi por nada grave! Eu apenas imaginei o dia de uma forma diferente. E novamente, me decepcionei. Mas não há como culpá-lo, pois ele não pode ler meus pensamentos. Mas também não devo os dizer. Porque se aconteceu da forma que aconteceu, mesmo com os meus esforços para que meu pensamento tivesse se realizado, era porque era para ter sido desse jeito. Desde o início. E eu já sabia disso, lá dentro de mim.

Beijos,
Tinah.