quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Amigos de infância ou amigos na infância?

É incrível como é o destino. Encontrar amigos de infância é tão bom, mas as vezes é constrangedor. Sabe aquela pessoa que foi a sua melhor amiga desde que vocês eram pequenas mas saiu do colégio e vocês perderam o contato? Imagina reencontrá-la. Com certeza é maravilhoso, vocês trocam informações sobre aonde vocês estudam atualmente, sobre quem tá namorando quem, quem saiu do colégio, quem ainda tem contato... É uma nostalgia total. Agora, imagina estudar com essa sua amiga. Depois do segundo dia, não tem mais assunto. Você já não tem o que conversar pois muitas coisas aconteceram nesse meio-termo. Pior ainda, se o amigo reencontrado for um garoto. Seus pais conhecem os pais dele, vocês fazem aniversário no mesmo dia, ou seja, mil e uma coincidências em suas vidas. Que agora não representam mais nada.
É triste saber que aquela pessoa que você confiava tanto só vai te cumprimentar e tchau. Até porque vocês estão em turmas diferentes, e vocês estão na puberdade, ele vai ser um idiota que mata aula e você vai ser uma cdf da vida. É incrível como toda aquela intimidade da infância sumiu. Bom, indo para o lado "eu lírico"...
Eu sempre estudei com um cara. Por sorte, nos encontramos na prova do CEFET/RJ , e conversamos muito pouco. Agora, estudamos juntos, digo, no mesmo colégio. E a gente só se cumprimenta. É um tanto constrangedor, porque as pessoas acabam perguntando "ah, você conhece ele? É porque vocês quase não se falam...", e é verdade! Um dia desses, calhamos de pegar o mesmo ônibus pro colégio. Sentei ao lado dele, na esperança de conversar, sei lá. "Oi!" E comecei a puxar um assunto que nem lembro mais qual era. Depois ficou aquele silêncio de enterro. "Poxa, o Gabriel tá te dando aula de química?" E assim a conversa foi, até cinco minutos depois, quando não tínhamos mais o que conversar sobre o tal professor e a matéria. E assim fomos, mudos, até chegar ao ponto de ônibus, onde tomamos caminhos diferentes em direção ao mesmo destino. E não nos falamos o dia inteiro.
E assim estamos, até hoje, na base do "oi&tchau". Ele, namora uma garota que estuda comigo. Eu, um garoto que conheci no shopping. E eu sinceramente, acho que ele nem sabe disso.

Beijosmeliguem,
Tinah