quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Limites.

Até aonde o ser humano pode ir? Sim, começar um texto desse modo pode ser bem arriscado, mas nem sempre leitores sabem o que o autor está pensando no momento. Adrenalina no sangue, até aonde o ser humano pode chegar sem querer acabar com o sofrimento guardado no peito? Até aonde consegue-se aguentar pressão vinda de todos os lados sem querer gritar? Até aonde receber ordens sem reclamar? Até aonde se esforçar mesmo sabendo que no fundo, bem fundo, irá ser em vão?
Dias e dias se passam e na cabeça de um poeta nada muda. Sem escrever poesias há meses, ele pensa, solitário, que o mundo irá realmente acabar em 2012. Porém o que ele não sabe é que isso é apenas a primeira parte da vida. É o começo do meio, o fim do começo, e o meio do fim. Não é possível mais aguentar tudo isso, é preciso extravasar. É preciso correr loucamente pelas ruas sem o menor sentido, é ouvir suas músicas preferidas e cantar alto sem se preocupar, é andar de mãos dadas com os seus amigos sem se preocupar com as fofocas. É preciso realmente amar como se não houvesse o amanhã. É preciso ignorar o futuro próximo, fingir que certa coisa não irá acontecer e aproveitar o momento. É agarrar com força tudo próximo, e saber pensar, raciocinar diante dos problemas. É preciso saber se organizar.
Extravasar, pegar tudo e jogar pro ar, ser feliz antes de mais nada. Nunca Ivete foi tão, tão, tão.
Tão verdadeira.

Sua autora está passando por problemas e escreveu esse texto no seu ápice de loucura. Ela espera que gostem, e se não gostarem, ela irá aceitar do mesmo jeito.